Hidrofia - 689 é a quantidade de quilômetros de rios que corta o município de Marialva

Marialva é a primeira do Paraná a concluir projeto de georreferenciamento

Segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Última Modificação: // | Visualizada 249 vezes


Ouvir matéria

Depois de quatro anos percorrendo sítios, chácaras e fazendas, fazendo questionários, colhendo material para análise, utilizando a tecnologia dos satélites e GPS, técnicos da Emater concluíram o projeto de georreferenciamento, um mapeamento completo que fornece todos os tipos de informação sobre cada propriedade rural de Marialva.

Assim, com um clique no computador é possível saber qual o tipo de solo, altitude, que culturas podem dar bons resultados, tamanho da propriedade e o quanto produz anualmente, como chegar a ela e as condições da estrada.

Marialva é o primeiro município paranaense totalmente mapeado e a partir de agora caberá à prefeitura manter os dados atualizados. Com a conclusão do levantamento, outros municípios mostraram interesse em colocar todas as informações em um banco de dados.

"Como esse foi o primeiro georreferenciamento que realizamos e como o município tem uma estrutura complicada, dividido em pequenas propriedades, levamos muito tempo para colher todas as informações, mas a experiência adquirida permite realizar trabalho semelhante em qualquer outro município da região em apenas um ano ou pouco mais", explica o engenheiro agrônomo da Emater Rodolfo Maia, que coordenou o levantamento.

Segundo ele, o banco de dados é necessário para que o município dê uma assistência melhor à área rural e para o desenvolvimento de futuros projetos.

"À frente do computador, em alguns minutos a pessoa pode acessar a todas as informações que quiser sobre a área rural, tanto no que se refere à estrutura fundiária quanto como o que é produzido em cada propriedade".

O projeto foi executado com a parceria da prefeitura, que ofereceu apoio logístico, inclusive de transporte, e contou com a participação de 15 estagiários dos cursos de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Centro Universitário de Maringá (Cesumar).

Além da coleta de informações diretamente nas propriedades, a equipe se valeu de informações de satélites e uso do GPS para definir as coordenadas, determinando limites com alta precisão.

O prefeito Deca apresentou o projeto a outros prefeitos da região e disse que "o banco de dados geográfico será uma importante ferramenta de gestão, oferecendo informações estratégicas para a prefeitura, podendo orientar a execução de políticas públicas em favor da comunidade".

"Com um movimento no mouse podemos saber quantos quilômetros o município tem de reserva legal, como está a reserva de cada propriedade, quantos quilômetros de rios e por quais propriedades eles passam ou onde nascem, sabemos quantos hectares temos de café, uva, flores, quantas estufas, quantas parreiras, quantas pessoas trabalham nas propriedades", finalizou Deca.

Texto produzido pelo jornalista Luiz de Carvalho, do Jornal O Diário do Norte do Paraná.

Maiores informações: (44) 3232 8354.

 Galeria de Fotos

 Veja Também