A substituição dos hidrômetros em Marialva tem gerado dúvidas entre moradores, principalmente em relação ao aumento registrado nas contas de água em alguns bairros. Em entrevista concedida à Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Marialva, o engenheiro da empresa G-Tech, Giuliano Binada, explicou os principais pontos sobre o novo equipamento.

Segundo ele, a variação nas contas se deve à maior precisão dos novos hidrômetros. “Os modelos antigos, com mais de cinco ou até dez anos de uso, já não apresentavam a mesma eficiência na medição. Nos bairros mais antigos, a diferença foi maior justamente porque os hidrômetros estavam no fim da vida útil. Já nas regiões mais novas, a mudança foi quase imperceptível”, afirmou.

Vale esclarecer, no entanto, que o aumento nas contas de água podem acontecer por diversas razões, então o mais indicado é uma análise caso a caso. "Aumentos na conta podem ter várias outras causas, desde vazamentos dentro da casa, até mudanças no hábito de consumo, entre outros fatores", esclarece o superintendente da Saema, Fabio Machry Sanches. 

Benefícios

Binada destacou que os novos aparelhos possuem certificação do Inmetro e passam por processos de inspeção e auditoria. O contrato entre a G-Tech e o município foi firmado por meio de licitação realizada pelo Serviço de Água e Esgoto de Marialva (Saema) na gestão anterior.

Entre as vantagens do novo sistema, o engenheiro destacou a possibilidade de leitura em tempo real e o desenvolvimento de um aplicativo que permitirá aos consumidores acompanhar diariamente o consumo de suas residências. Além disso, a tecnologia permitirá ao Saema identificar perdas de água no percurso até o consumidor final, como vazamentos, fraudes ou desvios.

“O hidrômetro possui um sensor que transmite as informações para antenas instaladas em pontos estratégicos da cidade. Esses dados são enviados ao servidor do Saema, permitindo um monitoramento em tempo real. Caso seja detectado algum consumo anormal, técnicos podem ser acionados para verificar o problema”, explicou.

O engenheiro também esclareceu que a troca dos hidrômetros não gera custos diretos à população. A instalação de cerca de 17 mil unidades está prevista no contrato firmado com a empresa. O estudo que embasou a decisão foi realizado pela Fumpar, fundação especializada em projetos de eficiência, que avaliou critérios técnicos, econômicos e jurídicos antes da contratação.

Assista ao vídeo da entrevista: clique aqui ou confira abaixo!