O município surge no mapa do Estado com virtudes que distinguem sua vitalidade econômica e a simpatia de seu povo. Marialva é assim: forte e acolhe, pronta para os desafios do futuro

MARIALVA COMEMORA 57 ANOS DE FUNDAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO

Segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

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Marialva se revela uma jovem senhora aos 57 anos de fundação, comemorada nesta sexta, 14 de novembro. Criada pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná a meio caminho entre Maringá é Mandaguari, o município surge no mapa do Estado com virtudes que distinguem sua vitalidade econômica e a simpatia de seu povo. Marialva é assim: forte e acolhedora.
 
A história da cidade está inserida no contexto da colonização do Norte do Estado e o surgimento do município remete a um passado distante, anterior à década de 1950 quando Marialva era apenas um projeto nas pranchetas dos engenheiros e topógrafos da Companhia Melhoramentos. Livros registram que desde o fim do século 19 a região já era freqüentada por desbravadores
 
Mas o processo de colonização de largas extensões geográficas do Norte e Noroeste do Paraná se iniciou de fato nos anos 1920 para se acentuar nas décadas seguintes, com o redesenho do mapa do Estado, sobre o qual pontilhou uma infinidade de aglomerações urbanas que com o tempo ganhariam o status de cidade. Eram tempos difíceis aqueles.
 
Os pioneiros que se insinuaram nas picadas que cortavam a mata cerrada fizeram história e construíram o futuro amassando a terra vermelha, fértil e promissora. Foi esse mundo novo que se descortinou para uma imensa legião de homens e mulheres vindos de todas as partes do país – e alguns de além-mar, de terras estrangeiras, distantes e quase desconhecidas.
 
Imigrantes e brasileiros fincaram raízes na região e começaram a escrever a história do Norte do Paraná. Marialva foi um dos destinos que receberam os pioneiros ainda como distrito de Mandaguari. Eram os difíceis anos 40, quando os sonhos de sobrevivência e fartura eram apenas promessas que se insinuavam na mata verde, pródiga em surpresas e riquezas.
 
As primeiras construções de pau a pique, arremedos de casas, surgiram em meio à floresta que aos poucos foram dando espaço às lavouras de café, cultura que sustentaria a economia paranaense nas décadas seguintes a ponto de ser chamada de ‘ouro verde’. A cidade tomava forma ainda como distrito de Mandaguari, status que mudaria no início dos anos 50.
 
Quando, enfim, assumiu a condição de município por força da lei 790 de 14 de novembro de 1951, Marialva já se desenhava promissora, com um vistoso núcleo urbano que se projetava em várias direções, apontando para o crescimento da cidade. Vale aqui destacar que o processo de emancipação política de Marialva deve muito ao deputado estadual Francisco Silveira Rocha.
 
Francisco Silveira Rocha, que hoje dá nome à praça central da cidade, se empenhou para conseguir a transformação do distrito em município. Enfim, o município passaria a traçar seus destinos. Os anos que se seguiram foram de expansão urbana, com crescimento acelerado e acentuado com a chegada de pessoas de todas as partes do país – e de representantes do país do Sol Nascente.
 
Os japoneses se tornariam no futuro referência histórica importante não apenas pela contribuição que deram ao crescimento da cidade, mas principalmente por introduzir no município a atual âncora de sua sustentação econômica: a viticultura. Com o fim do ciclo cafeeiro nos anos 70, por conta de sucessivas geadas que dizimaram as lavouras, o município buscou novas alternativas.
 
 
E assim a cidade foi se reencontrando e se redesenhando ao longo da história, construindo uma trajetória marcada pela expansão demográfica e desenvolvimento econômico, sustentado em diversas âncoras, com destaque para a viticultura, atividade que destaca o município no contexto nacional e faz com que a cidade seja conhecida como ‘Capital da Uva Fina’.
 
“Ainda que a produção de uva seja o carro-chefe de nossa economia, é importante destacar que diversas outras atividades comerciais e industriais amparam o desenvolvimento da cidade, garantindo a geração de empregos e renda“, destaca o prefeito Humberto Feltrin, ao término de seu segundo mandato, período em que Marialva se redesenhou em diversos aspectos.
 
Aos 57 anos, Marialva personifica o vigor do desenvolvimento regional e se revela robusta e preparada para os desafios do futuro, apresentando indicadores sociais e econômicos que a referenda como exemplo no contexto estadual. Assim, essa jovem senhora apaga as velinhas nesta sexta, 14, em mais um aniversário de fundação digno dos mais efusivos cumprimentos. 

 

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